Comunità lança exposição cultural para marcar os 150 anos da imigração italiana

Exposição sobre a história da imigração italiana no Brasil será aberta nesta sexta-feira 

 

Os 150 anos da imigração italiana no Espírito Santo e no Brasil ganhará mais uma grande sequência de eventos para marcar essa data simbólica. Na próxima sexta-feira (20), às 16 horas, o Palácio Anchieta receberá o lançamento da exposição “Do Passado ao Horizonte, 150 Anos de Travessias”, marcando a abertura oficial da mostra que ficará exposta simultaneamente em 21 cidades, de norte a sul do Estado.

A exposição é dividida em quatro tempos, distribuídos em 20 lâminas de tecido, no tamanho de 1,80mx90cm, que retratam as motivações da emigração dentro do processo de Unificação Italiana, a viagem dos migrantes, o contato com o Novo Mundo e as perspectivas de futuro. Os quatro tempos foram identificados como a Origem, a Travessia, o Brasil e o Futuro.

Para aumentar seu alcance, foram impressas 22 cópias entregues às associações italianas, em atividade, de diferentes municípios, que terão a responsabilidade de expô-las em datas a serem definidas.

O projeto é fruto da parceria entre o Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES) e a Associação Comunità Italiana e conta com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (LICC) e do Grupo Águia Branca. Para sua execução contou com uma equipe técnica multidisciplinar, com a participação de historiadores, fotógrafos, artista plástico e designer gráfico.

“A equipe de trabalho realizou pesquisas sobre o período histórico, depois uma busca por imagens que representassem tais momentos e parte das imagens foi recriada por meio de ilustração para preencher lacunas ou quando não foi possível utilizar fotografias, mapas e outros materiais”, explicou Cilmar Franceschetto, curador e diretor-geral do APEES.

A exposição foi pensada de forma que o expectador pudesse visualizar uma abordagem histórica com um traço artístico, respeitando as referências de cores e temas de cada tempo, conta a curadora Luza Carvalho.

“A primeira parte, dominada pela tonalidade sépia, evoca o passado. O segundo tempo, marcado pelo azul do mar, representa a jornada de travessia. Ao chegar ao Brasil, a exposição utiliza o verde para simbolizar as matas e a chegada ao Novo Mundo. Por fim, o último tempo, repleto de cores, representa o presente e o futuro, com suas infinitas possibilidades”, diz Luza.

Momentos históricos 

O processo imigratório italiano em massa para o Brasil iniciou em fevereiro de 1874, há 150 anos, com a chegada da Expedição Tabacchi à baía de Vitória, no dia 17 de fevereiro. O Brasil é atualmente o segundo país com o maior número de descendentes de italianos do mundo (cerca de 30 milhões) e a maioria deles está nas regiões Sul e Sudeste. O Espírito Santo foi a principal porta de entrada deles.

A migração foi um resultado de um processo mais longo de Unificação Italiana, concluído em 1871. Antes disso, a Península Itálica era formada por reinos, ducados, repúblicas, principados e cidades muito diferentes, cada um com suas leis, moeda, tradições, dialetos e costumes.

Durante e após os conflitos, a fome e a pobreza, juntamente com a falta de trabalho, desencadearam um intenso processo de migração dentro do território e fluxos de emigração para outros países, principalmente Estados Unidos, Brasil e Argentina. O contexto histórico pós-Unificação era de crise e desagregação, tanto nos campos quanto nas cidades. Como em toda zona de tensão militar, os movimentos populacionais, com fugitivos, refugiados e combatentes, eram constantes em toda a Itália.

“A exposição que preparamos conseguiu trazer para as telas uma demonstração muito bonita e forte de diferentes períodos históricos. Será emocionante, especialmente para os descendentes dessa história relembrarem o que eles viveram ou ouviram de seus familiares”, reforça Cilmar Franceschetto, diretor-geral do Arquivo Público do Espírito Santo, que também é autor de dois livros sobre a presença italiana no Estado e no Brasil. 

Para a presidente da Associação Comunità Italiana, Rosa Maioli, a realização da exposição tem grande importância para a preservação da memória e identidade dos descendentes de italianos. 

Programação dos eventos

A exposição “Do Passado ao Horizonte, 150 Anos de Travessias” estará presente em todo o Estado, com instalações em 21 cidades até o fim do ano (confira a lista de cidades abaixo).

O primeiro local a receber a mostra será o Palácio Anchieta, onde acontece o lançamento na próxima sexta-feira (20), às 16h. Lá a visitação do público pode ocorrer de segunda a sexta, das 9h às 17h, com entrada franca.

No dia 27 de setembro a exposição chega a Santa Teresa, onde permanecerá instalada na  sede do Circolo Trentino Di Santa Teresa. As demais cidades estão em processo de confirmar as datas de abertura da exposição e o cronograma será divulgado. 

Na capital, os capixabas ainda poderão conferir as obras no espaço da Assembleia Legislativa, a partir de 17 de outubro, e no Arquivo Público do Espírito Santo (APEES) a partir do dia 20 de outubro.

 

A equipe técnica responsável por toda a exposição é composta por:

Curadoria: Cilmar Franceschetto e Luza Carvalho
Consultoria em História: Julio Bentivoglio, Patrícia Merlo, Rogério Piva
Pesquisa de imagens: David Protti
Ilustração: Zota Coelho
Design gráfico: Allan Ost
Coordenação Geral: Joelma Consuelo F. e Silva
Produção e Logística: Martina Carvalho Martins
Presidente da Comunità Italiana: Rosa Maria Maioli

Cidades que receberão a exposição

  1. Alfredo Chaves
  2. Aracruz
  3. Cariacica
  4. Cachoeiro de Itapemirim
  5. Castelo
  6. Guaçuí
  7. Ibiraçu
  8. Itaguaçu
  9. Itarana
  10. Jaguaré
  11. Marilândia
  12. Marechal Floriano
  13. Muniz Freire
  14. Nova Venécia
  15. Rio Bananal
  16. Rio Novo do Sul
  17. Santa Teresa
  18. São Roque do Canaã
  19. Venda Nova do Imigrante
  20. Vila Pavão
  21. Vitória: Palácio Anchieta, Arquivo Público do Estado do Espírito Santo e Assembleia Legislativa

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INFORMAÇÕES À IMPRENSA
Marcus Vieira
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